Páginas

SEJAM BEM VINDOS!!!


Última Noticias!

quinta-feira, 25 de maio de 2017

Parlamentares paraibanos se posicionam sobre manifestações em Brasília



O vice-presidente do Senado Federal, Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), condenou os atos de violência e depredação durante manifestações nesta quarta-feira (24), na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. O deputado federal Luiz Couto, nas suas redes sociais, criticou o uso das Forças Armadas para conter os manifestantes. Já o líder do governo na Câmara, deputado federal Aguinaldo Ribeiro (PP), se pronunciou nesta quarta-feira (24) na tribuna da Câmara contra qualquer tipo de agressão que possa ser realizada contra qualquer cidadão brasileiro seja ele político ou não, dentro e fora do Congresso.



Cássio fez um paralelo entre as manifestações contra Dilma e agora contra Temer: “A diferença dos protestos de hoje com os de ontem, com aos movimentos de rua a favor do impeachment da então presidente Dilma, reside na quantidade de pessoas e na qualidade das manifestações. No passado eram milhões em clima de ordem e de paz. Hoje são milhares com desordem e guerra”, pontuou Cássio.

O senador disse que o direito à manifestação é constitucional, mas ressaltou que o vandalismo não pode ser tolerado.

“O vandalismo, a baderna e a depredação do patrimônio público são crimes, e, como tais, não encontram amparo na Constituição Federal nem tampouco a aprovação do povo brasileiro”, afirmou o tucano.

Luiz Couto

Os episódios de violência registrados na tarde desta quarta-feira, 24, na capital federal motivaram o deputado Luiz Couto (PT-PB) a usar seu perfil nas redes sociais para divulgar seu protesto contra o uso da Polícia e das Forças Armadas até o dia 31 deste mês para reprimir os manifestantes que promoveram uma série de atos contra o presidente Michel Temer (PMDB) e sua permanência no governo. O saldo do confronto entre policiais e populares até o início da noite era de 49 feridos e sete presos.

"Além de golpista, ilegítimo e usurpador, Michel Temer agora também se proclama como um ditador. Vimos a polícia ser colocada para massacrar e inibir a realização de manifestações. Eu mesmo fui impedido de passar porque havia uma cerca para não nos deixar passar para nos juntarmos com aqueles que vieram para uma manifestação legítima para externar sua insatisfação com o que acontece no Brasil. Temer quer exercer a autoridade baixando decreto para fazer o País entrar em estado de sítio", disse Couto, numa referência à convocação feita por Michel Temer das Forças Armadas para conter os protestos. O parlamentar foi barrado na saída da Câmara quando quis se incorporar aos protestos que aconteciam em frente ao Congresso. Uma barreira havia sido colocada para isolar os populares do acesso ao Congresso Nacional.

Esta foi a segunda vez que um presidente da República recorreu a uma ação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) contra manifestações violentas desde 1999, quando entrou em vigor a lei que regulamenta o emprego das Forças Armadas, segundo o Ministério da Defesa. Militares só haviam sido convocados para atuar em manifestações no leilão do Campo de Libra, em outubro de 2013. 

Esse dispositivo já foi posto em prática em outras ocasiões na capital federal, mas somente para fazer a segurança de encontros da cúpula do BRIC e do Mercosul, da Copa do Mundo e Olimpíadas, das eleições e da visita do então presidente americano Barack Obama, em 2011. 

"Esse homem investigado por corrupção e obstrução judicial se assume ditador e chama o Exército por uma semana para instalar um estado de sítio. Vamos dizer não a esse governo e lutar por diretas já. Queremos um governo que possa retomar o desenvolvimento do Brasil e não esse golpista e ditador. Quero conclamar todos para entrarem nessa luta. Não será a violência que irá nos esmorecer. Nenhum direito a menos, Fora Temer e Diretas, já", resumiu o parlamentar petista.

Aguinaldo Ribeiro

Em seu pronunciamento na Casa, Aguinaldo ressaltou a importância do diálogo e da resolução das questões através do embate de ideias e argumentos, especialmente no parlamento.

“Eu sempre defendi e tenho defendido enquanto líder do governo que nós, cada um no seu papel, situação ou oposição, possamos nos colocar democraticamente e nos posicionar através do embate das ideias e dos argumentos para que, o que aqui é discutido possa ser aprovado ou não através do voto. Mas o que podemos perceber é que nós temos um embate que chega algumas vezes às profundezas das emoções que acaba se fazendo perder a razão de ser do parlamento” destacou.

O deputado salientou ainda que o respeito à Constituição deve prevalecer e que não se pode permitir que se deslegitime a representatividade da Câmara.

“Esse parlamento é uma instituição legítima, delegada por todos nós que participamos do processo democrático e não podemos deixar passar qualquer tentativa de se deslegitimar a representatividade desta Casa, pois todos aqui foram eleitos e escolhidos pelo povo num regime de democracia representativa” pontuou.

O líder também afirmou que o papel dos parlamentares não é o de julgar quem quer que seja nem de fazer papel de acusador.

“Eu não tenho, nem tive, nem terei primeiro como cidadão e depois como parlamentar de fazer papel de acusador de quem quer que seja. Nesse país esta se subvertendo a Constituição. Primeiro alguém vem e levanta alguma coisa, segundo se condena e se execra publicamente esta pessoa e depois nós vamos investigar, essa é a lógica invertida que esta existindo nesse país” ressaltou.

Por fim, o parlamentar chamou atenção para a recuperação da política em primeiro lugar, através da responsabilidade de cada eleito através do voto democrático.

“Antes de qualquer disputa política, é necessário se recuperar em primeiro lugar, a política e isso se recupera com a responsabilidade de todos nós, agressão só faz depor contra nós mesmos, isso não engrandece o parlamento. Portanto, temos como parlamento o dever de avançar trabalhando, respeitando a Constituição, não fazendo julgamento de quem quer que seja, pois não nos cabe apontar dedo” declarou.

Fonte: Paraíba.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário