Depois de muito pragmatismo e diálogo com a base aliada, deve sair a qualquer momento o anúncio formal do governador João Azevedo (PSB) para a eleição da Presidência da Assembleia Legislativa da Paraíba (PSB) no primeiro e no segundo biênios. A demora em revelar os nomes dos apoiados, se deu, principalmente, por causa da reflexão do Palácio da Redenção sobre o perfil dos deputados aliados.
Entre os integrantes que formam a base do governador João Azevedo, já é dado como certo o apoio dele ao nome do deputado Adriano Galdino (PSB) para presidir a Mesa Diretora do primeiro biênio. Isso porque o parlamentar foi hábil e se cacifou com antecedência para se tornar o favorito na disputa interna. Já a escolha para o segundo biênio, de acordo com fontes governamentais ouvidas pela reportagem do Polêmica Paraíba, levou em conta critérios como a ligação e a afinidade dos parlamentares com o projeto político-administrativo do governador.
Principal critério: ser do PSB
O principal critério utilizado pelo Governo é o pertencimento do parlamentar ao PSB. Sendo assim, dos 22 deputados que compõem a base de sustentação do governador, somente os socialistas da Assembleia estiveram na lista de candidatos analisados pelo governo nas últimas semanas: Cida Ramos, Hervázio Bezerra, Jeová Campos, Estela Bezerra, Buba Germano, Ricardo Barbosa e Polyana Dutra
Eliminações iniciais:
Apesar de pertencer ao PSB e demonstrar fidelidade ao projeto político do PSB, o nome da deputada estadual eleita Pollyana Dutra foi descartado pela inexperiência no legislativo. Para o cargo, o governo deseja alguém que saiba lidar com as nuances que a função exige.
O deputado Ricardo Barbosa, apesar de possuir as qualidades de pertencimento ao projeto político socialista, ficou desgastado por causa dos atritos com aliados, especialmente o embate com outros deputados da base, na polêmica discussão sobre antecipação da eleição da Mesa Diretora.
Outros critérios: menor rejeição
Com a exclusão de Ricardo Barbosa e Polyana Dutra, restaram então seis nomes: Cida Ramos, Hervázio Bezerra, Jeová Campos, Estela Bezerra e Buba Germano.
Os demais critérios trataram de afunilar ainda mais essa lista. Os critérios levados em consideração foram os seguintes: lealdade ao projeto, amadurecimento dentro do partido e maior aceitação entre os 14 parlamentares da base que pertencem a outros partidos.
O afunilamento:
O deputado Buba Germano, apesar de reunir as principais qualidades almejadas para o futuro presidente do legislativo, dizem as fontes ouvidas pela reportagem, pecou quando em algumas ocasiões prometeu ‘moralizar’ a Assembleia, atingindo indiretamente a gestão de Gervásio Maia. Pelo menos foi o que ficou subentendido entre os aliados.
A deputada Cida Ramos, apesar de ter sido a mais votada entre todos os deputados, também não possui experiência no legislativo, por isso possivelmente não será também a escolhida. Além disso, parlamentares colegas alegam que ela foi bastante prestigiada na eleição pela Assembleia, em detrimento dos demais socialistas.
O trio
Por fim, sobra o trio de onde poderá sair o candidato ao segundo biênio: Hervázio Bezerra, Jeová Campos e Estela Bezerra.
Enquanto líder, Hervázio mostrou-se fiel ao governo, um escudeiro do executivo na Assembleia e nos embates mais difíceis enfrentados por Ricardo Coutinho.
Por fim, Estela Bezerra também é vista como uma parlamentar atuante e sempre combativa nas discussões mais difíceis de serem tratadas na Assembleia, sendo também conhecedora profunda da gestão socialista.
Igualmente apontado como um socialista leal, Jeová Campos é também um dos que tem mais tempo de PSB, e é considerado o menos rejeitado dentro e fora do núcleo socialista.
Em suma, após todas as eliminações feitas e todos os critérios observados, é desse trio que poderá sair o nome para ser levado à Presidência da ALPB no segundo biênio.
Fonte: Click Picui / Polêmica Paraíba